segunda-feira, 16 de julho de 2012

Qual o Futuro das 29ers?

Recebi um link no meu facebook postado pela Savana Bike, li e achei relevante divulgar e quem sabe discutir sobre o conteúdo, afinal eu mesmo já pensava em pedalar uma bicicleta com "rodonas" já que tenho 1,89m de altura e somente por isso, acho as 26" esteticamente estranhas para pessoas altas.
Mas as 29 polegadas são alvo de controvérsias, conheço pessoas que usaram e não gostaram e outras tantas que amam as 29ers. Já senti a dificuldade de fazer o fit de uma 29" e penso que ainda falta muito para encontrar uma formula mais confiável para o ajuste de uso que não seja fruto da tentativa e erro para cada fit.

Segue o texto que foi publicado no site da BTT Lobo.

Em vários artigos já questionamos as 29ers e a necessidade – que muitos nos tentaram fazer crer – que tínhamos de abandonar as boas e velhas 26 e migrar para as big wheels. A pressão foi (é) grande: 26 saíram de muitos catálogos. Lojas não as conseguiam comprar para atender à demanda de clientes. Blogs foram criados só falando de 29ers. Testes foram realizados, e as 29ers pareciam até ter um motor…

Depois de muito analisar, chegamos às nossas conclusões: há um ganho de performance, esse ganho não é representativo para o ciclista comum, e o fit da bike, por ser obviamente diferente, não é adaptavel a qualquer biotipo. Nunca tínhamos analisados alguns aspectos, no entanto, que esse excelente artigo do site BikeRumor sobre as 27’5 (650B) trouxe à luz, como a dificuldade de criar uma full suspension de longo curso (130mm ou mais), as conhecidas trail bikes, por causa das peculiaridades de geometria das 29ers.

Obviamente, no quesito fit, para ciclistas não tão altos, a coisa se complica numa 29er. Isto, aliado ao fato da da geometrias caracteristicamente exagerada das 29ers, levou, obviamente, ao padrão intermediário 650B. Porém, se o ganho de performance das 29ers já não era grande coisa, não há muito o que se esperar de uma 27,5 neste particular. A conta então fica toda para o marketing pagar, como bem disse Sam Benedict, do Departamento de Marketing de MTB da Specialized. Mas não estamos falando das 650B aqui, e sim das rodas (realmente) grandes.

Qual o futuro das Rodas 29?

Várias empresas são definitivas ao considerar que o design de uma 29 tem muitas limitações. Continental (pneus), Cannondale/GT, Scott são algumas das empresas que deram declarações nesse sentido, e obviamente – na nossa opinião – essas limitações só agora começam a ser compreendidas.

Da forma como as declarações são feitas – são muitas grandes empresas entrevistadas – dá para sentir que a indústria está meio perdida. Se a 650B for a solução mágica, que permita um design eficiente em trail bikes (coisa que não dá para fazer com a 29er) e algum ganho de performance (representativo) em relação às 26ers, será ótimo para elas.

O que eu vislumbro nessa confusão toda é que o milagre das rodonas não aconteceu, e, pior, com o melhor conhecimento da gemoetria e implicações ergonômicas das mesmas, a indústria se viu na encruzilhada de admitir o erro ou procurar resolver o problema. E no que isso vai dar? Provavelmente numa menor oferta de modelos 29ers no mercado, restringindo-as a bikes de XC com pouco curso ou hardtails, para ciclistas de maior estatura.

Embora a Santa Cruz creia que grande parte da bolha 650B possa ser creditada ao desejo do ciclista ter a “roda mágica”, e assim a necessidade estaria criada, levando a indústria a tentar atender a esta demanda do mercado, não concordamos com esta análise. A indústria está pesquisando, tentando, testando, eventualmente acertando e errando. O que vemos nas reportagens são muitos “SEs”: se isso, se aquilo… muita incerteza.

Curiosamente o boom das 650Bs deu-se depois que Nino Schurter venceu uma etapa do Campeonato Mundial de MTB com um protótipo de uma Scale 27,5, mas, com uma sinceridade chocante, Adrian Montgomery (US Scott Marketing) diz que o fato de Nino ter corrido numa 650B foi simplesmente porque seu Bike Fit não encaixava numa 29er. Não sou eu quem está dizendo: a 29er simplesmente não se encaixa – e não é a melhor escolha – para um dos melhores ciclistas do mundo. É seu principal patrocinador quem o diz:

“Pois é, com certeza, nos últimos anos as rodas grandes tem crescido, mas nunca encaixei perfeitamente numa 29er. A bike para mim é muito grande. Eu não consigo uma posição perfeita, porque o guidon é muito alto e nunca me senti muito bem em uma 29er”.
Nino, no i-mtb.com.

No fim das contas, o que achamos é o mesmo de sempre. Há um mercado real para as 29ers, depois da explosão inicial. Elas vão estar aí por algum ou quem sabe muito tempo, porque é uma bike muito legal, perfeita para ciclistas altos (altos, 1,80 para frente), que desejem algum ganho de performance e tenha pernas para vencer a inércia inicial. Não é uma opção interessante para trilhas técnicas, que exijam agilidade da bike, nem para ciclistas de menor estatura. Pode, ou não, ser uma boa escolha para você. Ah, e, definitivamente, se você não está bem fisicamente, ela não vai resolver o seu problema.
Posted by BTT Lobo

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Macetes para consertar e montar pneus tubulares


Aprenda os macetes para montar e consertar pneus tubulares

Texto: Marcos Adami Fotos: Marcos Adami – Divulgação Park Tool
Pneus tubulares, muita gente já ouviu falar deles. Mas você já viu um de perto? Muito comuns até o início da década de 1990, os tubulares perderam terreno para os pneus conhecidos como “clincher”, mais práticos de manusear e manter. Os tubulares recebem este nome, pois reúnem no mesmo corpo o pneu e a câmara de ar.
A principal diferença dos tubulares em relação aos clincher é que os primeiros têm a câmara de ar embutida no corpo do pneu e são colados diretamente no aro da roda. A câmara na realidade fica dentro no corpo do pneu e protegida sob a costura de uma cinta de tecido.
Perfil de um pneu tubular
Pneus tubulares ainda são usados por atletas profissionais, especialmente em competições de velódromo, provas de triathlon e Ironman, provas de contrarrelógio e aos poucos vêm ganhando espaço também no mountain bike.As principais vantagens dos tubulares em relação aos atuais clinchers são a leveza e a maciez da rodagem.
Apesar de raros quando comparados aos clincher, os tubulares são praticamente regra nos velódromos por motivo de segurança. É que quando furam, levam alguns minutos para murcharem e assim, evita-se um sério acidente na parede na pista.
Perfil de um aro para pneu clincher
Entretanto, existem alguns inconvenientes no uso dos tubulares. Além do preço, outra dificuldade está na hora do conserto. Por ser um pneu que usa cola de contato para aderir o pneu ao aro, um furo de pneu na rua, pode significar longos minutos para a substituição. Por esse motivo, pneus são usados em competições, na maioria das vezes em velódromos.
Ciclistas preferem o uso de clincher para os treinos na rua e estrada, e sim em competições oficiais. Se furar na rua, o ciclista terá que ter outro pneu tubular para a substituição, e isto ocupa um grande espaço no bolso traseiro da camisa. Uma simples substituição de pneu pode levar até uma hora para iniciantes.
Uma boa solução para os tubulares é usar o produto Conti Seal, um líquido selante da Continental, que pode ser usado em tubulares de estrada e também de mountain bikes.
O paulista Miguel Stocco, antigo chefe da equipe de ciclismo de Americana (SP), conta que os clinchers se popularizaram no Brasil a partir da década de 90 pela sua praticidade. “No passado, nas equipes como a Caloi, eles nem perdiam tempo em consertar os pneus. Eles simplesmente doavam os tubulares furados para ciclistas mais carentes. Não compensava o trabalho de arrumar”, explica Stocco.
A instalação de um pneu tubular exige muitos cuidados. Além de um lugar de trabalho limpo, livre de sujeira, poeira e gordura, a montagem de um tubular deve ser bem cuidadosa, pois em curvas ou mesmo em um forte sprint um pneu tubular mal instalado pode sair do aro e provocar sérios acidentes.
O modelo Competition da Continental custa R$ 419
VANTAGENS X DESVANTAGENS
PNEU TUBULAR
PNEU CLINCHER
Vantagens - Deixa a bike mais macia
- Bons tubulares furam menos que clinchers
- Em geral são mais leves
- Podem rodar murchos por alguns metros
- Suportam mais calibragem (menos atrito)
Vantagens - São mais baratos
- São fáceis de encontrar
- Fáceis de instalar e reparar
- Utilizam aros normais
Desvantagens - Tem risco de se soltarem do aro
- Usam aros especiais
-Bons tubulares custam caro
- Muita mão-de-obra na hora do conserto
- Difíceis de encontrar
- Exigem calibragens freqüentes
- Difícil de levar o pneu sobressalente
Desvantagens - Mais duros na rodagem
- Quando furam, murcham imediatamente
- Em geral são mais pesados
FAÇA VOCÊ MESMO
Agora é a hora de conhecermos de perto as inconveniências do pneu tubular.
Você vai precisar de:
  • Cola de contato “Brascola” ou “Cascola”, também conhecidas como cola de sapateiro. As colas francesas “Pastali” e “Clement” são preferidas por alguns mecânicos
  • Remendo a frio da Zéfal – também conhecido como “remendo estrelinha”
  • Agulha para linha grossa. Pode ser também agulha cirúrgica
  • Linha de nylon – Pode ser retirada de um tubular antigo
  • Lixa de madeira
  • Cola cimento para remendos a frio
  • Bomba
  • Caneta de ponta porosa
  • Estilete ou lâmina
  • Chave de fenda
  • Pincel ou escova de dentes usada
  • Solvente tipo Varsol
  • Pano limpo
ARO NOVO
Atenção: as mãos devem estar bem limpas. Gordura e suor são inimigos de uma boa colagem.
Certifique-se que o aro está limpo, sem poeira, água ou gordura
Instalação pela primeira vez um aro:
1- Certifique-se que o aro está limpo, sem poeira, água, ou vestígios de gordura. Se tiver, limpe-o com o pano e solvente.
ATENÇÃO: aros de fibra de carbono NÃO podem ser limpos com solvente. Use água e detergente, se necessário. Caso já exista resíduo de cola no aro, procure retirá-la com solvente ou raspando com a lâmina. O que for mais eficiente.
Aplique uma camada da cola de contato em toda a extensão do aro
2- Aplique uma camada da cola de contato em toda a extensão do aro, inclusive na paredes, espalhe bem e deixe secar por um dia.
3- Infle um pouco o pneu e aplique a cola também na cinta de tecido, no verso do pneu. Espalhe e espere secar por um dia. Evite sujar de cola na lateral do pneu.
4- No dia seguinte, repita as operações 2 e 3 e aguarde uns 10-30 minutos até a cola QUASE estar seca. O tempo de secagem vai variar de acordo com condições climáticas.
Fica mais fácil se você encaixar o pneu no aro (sem a cola) dias antes da instalação
5- Com o pneu levemente inflado, introduza a válvula pelo orifício do aro e segure a roda na vertical. Após encaixado o bico, vá colocando o restante do pneu no aro. Mantenha a válvula alinhada na vertical. A última parte pode ser difícil, mas com um pouco de força e jeito ele acabará se encaixando totalmente no aro.
DICA: esta operação ficará mais fácil se você encaixar o pneu no aro [sem a cola] dias antes da instalação.
Segure a roda pelos eixos e deixe-a girar livremente
6 – Tão logo o pneu esteja encaixado, é hora do alinhamento. Ajeite o pneu no aro com as mãos, em seguida, segure a roda pelos eixos e deixe-a girar livremente. Observe se o pneu está bem alinhado em relação ao aro. Corrija com as mãos se necessário.
7 – Infle o pneu até a calibragem desejada e deixe secar por um longo tempo. De um dia para outro, é o ideal.
TROCA NA RUA
Durante um treino, um furo no tubular certamente vai significar longos minutos parado para o conserto.
Leve sempre com você um pneu tubular sobressalente e já com cola espalhada na cinta de tecido. Vai ajudar bastante, mas mesmo após a substituição do pneu, você terá que pedalar com cuidado – especialmente em curvas – para o pneu não sair do aro. Se estiver chovendo, esta operação não é recomendada ser feita na rua.
8 – Pare a bike em um local seguro e retire a roda. Começando pelo lado oposto ao da válvula, retire o pneu do aro, ou melhor, arranque o pneu do aro com as mãos. Se necessário use uma chave de fenda para ajudar.
9 – O vestígio de cola que está no aro será o suficiente para colar o tubular sobressalente, assim, faça como no passo 5 e 6 descritos acima.
10 – Infle o pneu e pedale com cuidado de volta para casa. DICA: Leve sempre uma bisnaga de “Cascola” ou “Brascola” com você, pois caso a cola do aro e/ou do pneu esteja muito ressecada, aplique uma nova camada de cola e espere uns 15-20 minutos para a secagem e monte o pneu.
Encha o pneu para localizar o furo
REPARO DO FURO
Não bastasse todo o trabalho na rua, … ao chegar em casa, você terá que reparar o furo do pneu.
Veja como é:
11 – Encha o pneu para localizar o furo. Se necessário mergulhe o pneu em uma bacia com água limpa.
Marque o local do furo com uma caneta de ponta porosa
12 – Marque o local do furo com uma caneta de ponta porosa.
13 – Corte a cinta protetora do pneu com a lâmina e abra uns 3 cm para cada lado do furo.
14 – Cuidadosamente, use a lâmina para cortar os pontos da linha de nylon. Abra mais ou menos 2,5 para cada lado do furo.
Retire a câmara para fora o suficiente para remendar o furo
15 – Retire a câmara para fora o suficiente para remendar o furo.
16 – Lixe a câmara, limpe bem e espalhe a cola cimento para reparos a frio. Deixe secar uns 3 minutos e aplique o remendo Zéfal. Segure firme por uns 3-4 minutos e estará pronto. Após aplicado o remendo a frio, recoloque a câmara dentro do pneu.
ATENÇÃO: A cola cimento não substitui a cola de contato e vice-versa. Cada uma tem sua função. Não troque as bolas…digo…as colas.
17 – Com a linha de nylon e a agulha, refaça a costura do pneu do mesmo modo que estava. Arremate com um no final da costura.
18 – Espalhe a cola de contato na cinta protetora do pneu. Espere secar por uns 15-20 minutos e cole a cinta protetora sobre a costura do pneu. Está pronto.
19 – Guarde o pneu que acabou de consertar em um saco plástico e use-o como pneu sobressalente.
PREÇOS
Há várias faixas de preços para pneus tubulares, logicamente pneus de melhor qualidade e mais leves, custam mais. Um pneu Continental Giro custa R$ 110, o Continental Sprinter custa R$ 240 e o top de linha da Continental, o modelo GP 4000 sai por R$ 450 a unidade. Esse último modelo não possui costuras e fica melhor assentado no ar, porém não tem como ser consertado.
Não se deve esquecer das colas de contato. A “Brascola” e a “Cascola” mencionadas na matéria são relativamente baratas e podem ser adquiridas em casas de ferramentas, casa de tintas e materiais de construção e uma bisnaga de 100 gramas custa em torno de R$ 2.
Alguns ciclistas e mecânicos profissionais recomendam apenas o uso das colas de contato importadas das marcas francesas “Pastali” e “Clement”. Custam em torno de R$ 20 a bisnaga de 27 gramas, mas têm um desempenho melhor que as colas de sapateiro tradicionais. Outra boa opção é a cola da marca Continental que custa R$ 15 (para aros de alumínio) e R$ 18 para aros de carbono cada bisnaga.
Se você usa pneu tubular e não quer passar suas tardes de domingo aplicando solventes, limpando, lixando, costurando e etc… a boa dica é levar seu pneu para reparar em alguma oficina de bikes. O conserto fica em torno dos R$ 10-20.


Colaborou: João Maria – Martini Bike Shop – Itu, SP


Publicado em 1 de março de 2011 às 15:12 na Bikemagazine

 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Conserto de Corrente.


Conserto de corrente

Aprenda a consertar uma corrente quebrada

A corrente é um componente que sofre grandes esforços já que transmite toda a energia gerada pelo ciclista. Com o passar do tempo, a corrente sofre um desgaste natural e se fragiliza. Quanto mais fina a corrente, como é o caso dos novos grupos de nove, 10 e 11 velocidades, mais frágil ela será.



Consertar uma corrente não é nenhum bicho-de-sete-cabeças, desde que você tenha a chave própria para isso. Vale a pena investir em uma chave de corrente (foto) e levá-la sempre com você para a trilha ou para aquelas pedaladas de speed na estrada. Os preços variam entre R$ 15 (nacional) a R$ 90 pelas boas marcas importadas.

 

FAÇA VOCÊ MESMO:
  • Deite a bike com o lado da coroa pra cima
  • Identifique o elo ou os elos que se romperam.
  • Coloque a corrente perfeitamente assentada no encaixe interno (foto)
  • Gire a manivela até encostar o extrator no pino da corrente
  • Continue girando a manivela forçando o pino para sair. Conte mais ou menos 6, 6 voltas e meia. Não extraia totalmente o pino, deixe-o ainda preso na lateral do elo. Se o pino sair totalmente vai dar uma dorzinha de cabeça ao tentar fechar o elo. Mas nada é impossível para um McGiver como você
  • Após retirar o elo danificado, basta repetir a operação de forma inversa e fazer a emenda
  • Se o elo ficar preso devido ao amassamento da reinstalação do pino, segure a corrente na horizontal e faça movimentos laterais fortes com as mãos para soltá-lo (foto)
  • É melhor tomar o rumo de casa! Correntes não quebram em vão, se quebrou é sinal que já está gasta e portanto frágil, e pode quebrar de novo. Desista da trilha, do treino ou do passeio e vá para casa
  • Providencie a substituição da corrente com urgência
DICA:
Quando adquirir sua chave de corrente peça ao vendedor ou ao mecânico para te explicar como utilizá-la corretamente. Para isso pratique em uma corrente velha. Na hora H você vai ter que saber.
Algumas ferramentas do tipo canivete multiuso têm chave de corrente, mas atenção: elas são perfeitas para situações de emergëncia, mas são mais difíceis de usar e normalmente mais frágeis. O ideal é ter mesmo uma chave de corrente clássica.


Publicado em 1 de março de 2011 às 11:44 na Bikemagazine.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Oficina Self Service, Uma Idéia Muito Boa.

Cidade nos EUA oferece oficina self service para ciclistas

Prefeitura de Minneapolis oferece serviço de auto-atendimento para biker fazer a manutenção básica

Fotos de divulgação
Bike Fixtation A cidade norte-americana de Minneapolis é considerada a mais amiga dos ciclistas nos Estados Unidos. Segundo pesquisas, nos últimos quatro anos, o uso da bicicleta cresceu 33% nos deslocamentos urbanos naquela cidade.
Com tanta bike circulando, é normal que as bicicletas precisem de manutenção de vez em quando. Pensando nisso foi criado um serviço de auto-atendimento para o ciclista fazer a manutenção básica em sua magrela. Trata-se do Bike Fixation Kiosk, implantado pela prefeitura ao lado de uma importante ciclovia.
Bike Fixtation O quiosque oferece gratuitamente algumas ferramentas como o indispensável cavalete (com uma bomba de encher pneus embutida) e outras oito ferramentas básicas que dão conta da maioria das emergências mecânicas.
Bike FixtationO serviço conta ainda uma máquina automática, tipo aquelas refrigerantes, onde é possível comprar algumas peças básicas e componentes para reparos.
O primeiro quiosque já está em funcionamento e já existem negociações para a inauguração do serviço em outros locais de Minneapolis.


Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 17:49 na Bike magazine.


Faça Você mesmo a Troca da Câmara do Pneu.




Pneus, câmaras, remendos e pressão
por Cleber Ricci Anderson - guia "Bike na Rua"



Pneu no chão



1)  Se o pneu furou pela primeira vez, devemos trocar a câmara pela reserva. Para isso, tire a roda do pneu furado, esvazie todo o ar e retire o pneu com o auxílio das espátulas. A habilidade vem com a prática, não se desespere! Cuidado para que a câmara não seja "mordida" pelas espátulas no ato da retirada. Com as duas mãos, segure a parte superior do pneu (banda de rodagem) e empurre para cima. Com a sua mão mais forte pegue uma espátula e encaixe no vão formado entre o fundo do aro e a cinta do pneu. Nasceu aí uma alavanca com ponto de apoio na borda do aro. Faça força para baixo, fazendo com que a cinta do pneu saia por fora e por cima do aro, ultrapassando sua borda. A espátula tem um encaixe para ser presa aos raios e manter o pneu fora do aro. Encaixe no raio e descanse um pouco, você está indo bem.




2)  Pegue outra espátula (normalmente são três) e coloque em um dos vãos que estão sendo formados entre a cinta do pneu e o fundo do aro e force para o lado e para cima até que se consiga o mesmo efeito da primeira espátula.

     Com a 3ª espátula, repita a operação várias vezes, até completar a volta no aro.


3)  Uma lateral inteira já está fora do aro com a câmara exposta e pronta para ser puxada para fora (fig.3). Guarde a câmara furada, pois daqui a pouco iremos repará-la. Antes de montar a câmara reserva, passe as pontas dos dedos por dentro do pneu para descobrir o provável motivo do furo. Às vezes encontramos alguma pedrinha, pedaço de vidro ou prego e, realizando esta manobra fácil e simples, evitaremos um novo furo na próxima câmara de ar.
Montando


4)  Deve-se iniciar a colocação da câmara reserva, pelo encaixe da válvula. A câmara deve estar com pouca pressão, o necessário para formar um perfil arredondado. Vá colocando-a internamente no pneu até completar toda a volta.



5)  A partir da região da válvula, comece a encaixar o pneu usando o peso do corpo e forçando com os polegares. Depois de completada a operação sempre sobra um finalzinho para entrar no aro. Não se desespere, pegue novamente as espátulas e faça o movimento contrário da retirada, com a espátula invertida. Desta forma, com muito cuidado para que a câmara não seja " mordida", coloque o restante do pneu para dentro do aro. Agora é só encher!

Pressão dos pneus

     A faixa de calibragem vem indicada na lateral dos pneus. É importante respeitarmos a recomendação. Lembre-se: pneu com pressão abaixo das especificações permite que o aro bata diretamente nas quinas dos buracos, danificando aro, pneu e câmara e pneus muito cheios amassam os aros porque a função de amortecedor dos pneus é anulada. Quanto mais cheios os pneus, maior será a performance da bike e menor será o conforto. Em bikes de estrada, na cidade, aconselhamos o uso de pneus 28 C (aros clincher) ou 1 3/4" (aros 27") deixando a bike mais macia e versátil no trânsito.
Reparando o furo
1)  Encha a câmara a ser consertada e descubra através do som do ar vazando, com a sensibilidade da pele do rosto ou mergulhando a câmara dentro de uma bacia, o local do furo. Não a esvazie, pelo contrário, encha-a bem. Pegue a lixa e passe no local do furo num diâmetro um pouco maior do que será o remendo, o tamanho mínimo de um remendo é de 2 X 2 cm.

2)  Deixe a superfície bem lixada e limpa. Espalhe bem a cola numa camada fina e uniforme, deixe-a secar por uns 3 minutos.

3)  Agora cole o remendo, pressionando bem. Certifique-se de que o remendo colou completamente.




Cinta protetora



     Fica alojada entre o pneu e a câmara para evitar a penetração de objetos pontiagudos. Protege bem, mas com um único inconveniente: deixa as rodas um pouco mais pesadas diminuindo a performance.



Tipos de pneus para a cidade

misto
slick
biscoito
prós: conforto, versatilidade e maior dificuldade de furar.

contras:  não consegue a mesma performance do slick.
prós: excelente performance.

contras: 
desconforto por necessitar maior calibragem. É o mais fácil para furar.
contras: péssima performance no asfalto e desgaste excessivo. É anti-econômico.

Que Pneu escolher para a sua MTB?

O amigo Eduardo do Super 20 me perguntou a pouco sobre como escolher um pneu para a MTB dele, então estou postando essa matéria que o Cícero Lourenço fez para o site da Anderson Bicicletas de São Paulo.




Pneus de mountain bike, como escolher
por Cícero Lourenço


     Explicaremos como você pode escolher o pneu para a sua mountain bike. A escolha não se baseia apenas na qualidade do pneu e na sua função, mas também no preço, na durabilidade e, é claro, no seu gosto pessoal.
  
     Hoje em dia os pneus estão cada vez mais específicos e alguns modelos chegam a ter sua durabilidade reduzida para proporcionar mais desempenho em competições. Daí a necessidade de se ponderar os benefícios de cada modelo.

     Já existem pneus sem câmara para mountain bike, mas eles só podem ser usados com aros específicos e ainda são mais caros que os convencionais. Sua principal vantagem é a diminuição dos furos, pois a maioria dos furos em trilhas acontece pela chamada mordida de cobra ("snake bite"). Este tipo de furo acontece no choque entre o aro e o solo, espremendo a câmara entre os dois, deixando 2 furos lado a lado. Por isso sua analogia com a cobra.

     Existem 2 tipos de pneu com câmara para mountain bike:






  • com armação de arame: mais pesados e mais baratos, equipam a maioria das bicicletas.








  • com armação de Kevlar: mais leves e mais caros, são melhores para competir além de possuirem a vantagem de serem dobráveis. Isso é útil para levá-los em viagens, assim os cicloturistas podem dispor de pneus para asfalto e para terra.


    1. As medidas

         Os pneus de mountain bike, exceto raras exceções, possuem a medida de diâmetro 26 polegadas (escreve-se normalmente 26"). Quer dizer que o diâmetro interno do pneu (e do aro) tem aproximadamente 66 cm. As exceções ficam por conta de alguns modelos de cicloturismo (27"), algumas bicicletas híbridas como a Bad Boy Scalpel da Cannondale (que usa pneu 700) e alguns protótipos como o que a Gary Fisher estava testando há pouco tempo (29") mas parece ter desistido.

       A outra medida usada num pneu de mountain bike é sua largura, também em polegadas. Os pneus variam de 1.0" (para asfalto) a 2.7" (para downhill). É muito importante tomar cuidado com esta largura porque existem quadros que não suportam as medidas maiores e seu pneu pode raspar no quadro. Para ter certeza, consulte o manual da sua bicicleta e da sua suspensão para saber a largura máxima do pneu. Os aros para os pneus de downhill também são maiores e mais reforçados, por isso é preciso usar peças compatíveis.

       As medidas do pneu, bem como sua pressão recomendada e sua direção de uso estão impressas na lateral e devem ser entendidas assim:

    26 x 1.9     (diâmetro do aro x largura do pneu)

         De uma maneira geral, podemos organizar os pneus e suas respectivas funções como mostrado na tabela abaixo:






    uso recomendado
    medidas
    asfalto de 1.0 a 1.6
    cross-country de 1.7 a 2.0
    downhill acima de 2.1

         Se você já escolheu o tipo de pneu que vai comprar, mas está em dúvida quanto à largura, basta seguir a regra: quanto maior o pneu, maior sua tração (portanto resistência à rolagem), maior seu conforto e resistência aos impactos. Por exemplo:

         Você escolheu comprar um pneu para asfalto e quer saber se compra o 1.0"  ou o 1.6".  Os pneus 1.0" são ótimos para asfaltos sem buracos, mas eles passam a ser desconfortáveis no menor sinal de buracos. Dependendo do seu estilo de pilotagem eles correm um sério risco de furar e até amassar o aro. Já os pneus 1.6"  são mais confortáveis, mais resistentes a furos e mais seguros nas curvas, mas obrigam o ciclista a fazer mais força no pedal. Resta saber o que é mais importante para você e escolher entre eles ou um intermediário (1.2"  por exemplo).


    2. A pressão

         Como já dissemos anteriormente, a pressão recomendada para o pneu vem impressa na sua lateral. Não se deve ultrapassar o limite inferior da pressão para evitar furos, nem ultrapassar o limite superior para evitar que o pneu estoure.

         A unidade comumente usada para pressão é a "libra-força por polegada quadrada" (Lbf/pol2), ou em inglês "pound square inch" (P.S.I.). No Brasil, as pessoas se acostumaram a dizer apenas "libras", que na verdade é unidade de massa (assim como o kg). Apesar de errado, é assim que a maioria dos ciclistas chamam esta unidade e é como a trataremos aqui também. Normalmente a lateral dos pneus recebe uma inscrição como no exemplo abaixo:

    "recommended pressure: 35-65 P.S.I."   ou    "keep inflated: 35-65 P.S.I."


         Alguns compressores de postos de gasolina possuem uma outra escala na unidade BAR. Tome o cuidado de não usar esta escala, pois ela é bem diferente do P.S.I. e você pode estourar o pneu.

         Os valores de pressão não devem ser confundidos com quantidade de ar dentro do pneu. É comum um ciclista ter que convencer um motorista de carro que o pneu da bicicleta não vai estourar com 80 libras, apesar de seu carro usar apenas 28. Isto é porque o pneu do carro tem uma rigidez muito maior e muito mais espaço para deformações. Já os pneus de bicicleta são feitos de um material bem mais flexível, trabalham com uma distância (entre o chão e o aro) de poucos milímetros, então não podem deformar muito.

         Normalmente, quanto mais finos os pneus, maior a pressão usada. As mountain bikes usam entre 35 e 65 libras, enquanto que as bicicletas de estrada chegam a usar 120 libras. A pressão do ar dá forma e rigidez ao pneu ao mesmo tempo em que permite sua deformação para a absorção dos impactos e para manter o atrito com o solo.

         Dentro dos limites estipulados pelo fabricante, cada situação deve orientar se a pressão deve ser maior ou menor, mas a regra é:







  • para conseguir mais aderência (asfalto esburacado, trilhas escorregadias ou com obstáculos) deve-se reduzir a pressão.








  • para conseguir mais velocidade (asfalto bom, trilhas mais lisas ou de terra batida) deve-se aumentar a pressão.

          A sua experiência em cada piso vai lhe indicar a melhor pressão a ser usada.

    3. A banda de rodagem

         É uma das partes mais importantes e mais subjetivas na hora da escolha do pneu. É a região que entra em contato com o solo e é a parte que fará a diferença entre escorregar e tracionar. Os pneus estão cada vez mais específicos para o tipo de terreno que serão usados. Existem pneus para asfalto (slicks), para trilhas com obstáculos (cross-country), para trilhas mais batidas e com boa aderência (semi-slick), para trilhas com barro (mud), para downhill (medidas maiores e maior rigidez) e também os mistos, que servem tanto pra asfalto quanto pra terra. Os mistos são os de menor desempenho. Existe até uma frase famosa entre os trilheiros: "Pneu misto: ruim no asfalto, pior na terra!".

    os diferentes tipos de pneus
    semi-slick traseiro semi-slick dianteiro misto pneu para lama


         Alguns pneus são usados tanto na frente quanto na traseira, mas outros são desenhados especificamente para cada roda. Há ainda os que são invertidos quando se passa de uma roda para a outra, pois a tração é feita de maneira diferente. O pneu dianteiro precisa de tração nas curvas e nas freadas. Já o traseiro precisa de tração nas arrancadas, mas não é necessária tanta aderência nas curvas. Por isso, alguns pneus traseiros têm um perfil mais "quadrado".


    alguns modelos de pneus para downhill
    trilha seca trilha com lama (mud tire) trilha rápida


          Para se saber em que direção o pneu vai girar, existe uma seta na lateral dele apontando o sentido de rotação ao lado da palavra "rotation". Quando um pneu é usado nas duas rodas, mas com sentidos opostos, existem duas setas, uma acompanha a palavra "front" indicando o sentido de rotação se o pneu for instalado na roda dianteira. A outra seta acompanha a palavra "rear" e indica o sentido de rotação se o pneu for instalado na roda traseira.



    veja como pneus de mesma medida podem ter diferentes funções



    4. Manutenção

       Apesar de estarmos acostumados a dizer que o pneu furou, a peça a ser consertada, na maioria das vezes, não é o pneu. A câmara de ar é a peça que dá a forma ao pneu e é ela que deve ser reparada com um remendo no caso de furos.

      Um ciclista prevenido anda sempre com uma câmara reserva para simplesmente trocá-la, deixando para remendar o furo em casa. Isso é praticamente obrigatório numa competição. É possível trocar a câmara furada em menos de dois minutos, mas remendá-la demoraria cerca de 10 minutos.


     












  • Nova Bicicleta Elétrica é "Pau Para Toda Obra"

    Nova bicicleta elétrica off-road enfrenta areia e neve

    Modelo full suspension de empresa norte-americana é inspirado no design da Ducati
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    Fotos de divulgação
    Uma bicicleta elétrica off-road para enfrentar dunas de areia, neve e gelo. É o que promete a empresa norte-americana Hanebrink, que acaba de apresentar novos modelos elétricos – um deles full suspension que garante bom desempenho em terrenos íngremes.
    A empresa, comandada por Dan Hanebrink, inspirou-se nos modelos de moto da Ducati para criar sua versão elétrica full suspension para todo terreno.
    O protótipo foi testado pelo próprio Hanebrink, que levou sua criação até o morro mais íngreme na floresta adjacente à estância de esqui Bear Mountain, em Big Bear, na Califórnia (EUA). O modelo foi aprovado e jornalistas especializados foram chamados para testar a novidade.
    A bike, batizada de III Hanebrink, tem um motor selado de 750 Watts de potência, câmbio de sete marchas integradas e uma bateria 36V/9.6Ah LiNMC com 32km de autonomia.
    A bicicleta pesa 40 quilos e está disponível nas cores preto e laranja. O preço inicial é de US$ 6.750,00.


    Publicado em 13 de maio de 2012 às 19:20 na revista Bikemagazine.


     

    Novo Suporte Super Prático!

    Novo suporte retrátil transporta até três bicicletas no carro

    Inovador produto lançado pela Opel pode ser recolhido sob o veículo para ficar completamente escondido

    Fotos de divulgação
    A fabricante Opel acaba de lançar um inovador suporte para bicicletas, que é integrado ao para-choque traseiro. O produto tem capacidade para transportar até três bikes e suporta até 60 quilos de carga.
    Quando não está em uso, é possível recolhê-lo sob o carro e deixar o suporte totalmente escondido.
    A princípio, o suporte está disponível no SUV Mokka. O preço inicial é de US$ 760,00.
    Veja no vídeo como o suporte funciona:




    Publicado em 16 de maio de 2012 às 10:41 na Bikemagazine.

    Solução Prática e Inusitada Para Levar suas Ferramentas!

    Kit de ferramentas Incog vai embutido no guidão

    O Incog, recém-lançado nos EUA, conta com vários compartimentos que vão no interio do guidão e tem fechadura inviolável

    Fotos de divulgação
    O kit Incog reúne várias ferramentas, chaves Allen e chave de fenda
    A Incog promete integração de ferramentas para levar nas pedaladas e, assim, carregar menos peso. O produto foi pensado para ser levado no guidão e carrega ao mesmo tempo várias chaves Allen e chave de fenda. Uma segunda ferramenta com um kit de reparação do pneu pode ser armazenada no outro lado. Também é possível personalizar as ferramentas para outras necessidades.
    Design permite personalizar o kit de ferramentas para outras necessidades


    Incog promete integração de ferramentas para levar nas pedaladas
    A ferramenta Incog principal tem uma série de compartimentos e a extremidade serve como uma tampa do guidão, que é fechada com chave de torção única. Assim, segundo o designer Joshua Brasse, o Incog é capaz de manter “ladrões e intrometidos” bem longe das ferramentas de bicicleta.
    O produto, recém-lançado nos EUA, custa US$ 60.


    Publicado em 6 de junho de 2012 às 12:04 na Revista Bikemagazine.