Mas as 29 polegadas são alvo de controvérsias, conheço pessoas que usaram e não gostaram e outras tantas que amam as 29ers. Já senti a dificuldade de fazer o fit de uma 29" e penso que ainda falta muito para encontrar uma formula mais confiável para o ajuste de uso que não seja fruto da tentativa e erro para cada fit.
Segue o texto que foi publicado no site da BTT Lobo.
O Futuro das 29ers
Em
vários artigos já questionamos as 29ers e a necessidade – que muitos
nos tentaram fazer crer – que tínhamos de abandonar as boas e velhas 26 e
migrar para as big wheels. A pressão foi (é) grande: 26 saíram de
muitos catálogos. Lojas não as conseguiam comprar para atender à demanda
de clientes. Blogs foram criados só falando de 29ers. Testes foram
realizados, e as 29ers pareciam até ter um motor…
Depois
de muito analisar, chegamos às nossas conclusões: há um ganho de
performance, esse ganho não é representativo para o ciclista comum, e o
fit da bike, por ser obviamente diferente, não é adaptavel a qualquer
biotipo. Nunca tínhamos analisados alguns aspectos, no entanto, que esse
excelente artigo do site BikeRumor sobre as 27’5 (650B) trouxe à luz,
como a dificuldade de criar uma full suspension de longo curso (130mm ou
mais), as conhecidas trail bikes, por causa das peculiaridades de
geometria das 29ers.
Obviamente,
no quesito fit, para ciclistas não tão altos, a coisa se complica numa
29er. Isto, aliado ao fato da da geometrias caracteristicamente
exagerada das 29ers, levou, obviamente, ao padrão intermediário 650B.
Porém, se o ganho de performance das 29ers já não era grande coisa, não
há muito o que se esperar de uma 27,5 neste particular. A conta então
fica toda para o marketing pagar, como bem disse Sam Benedict, do
Departamento de Marketing de MTB da Specialized. Mas não estamos falando
das 650B aqui, e sim das rodas (realmente) grandes.
Qual o futuro das Rodas 29?
Várias
empresas são definitivas ao considerar que o design de uma 29 tem
muitas limitações. Continental (pneus), Cannondale/GT, Scott são algumas
das empresas que deram declarações nesse sentido, e obviamente – na
nossa opinião – essas limitações só agora começam a ser compreendidas.
Da
forma como as declarações são feitas – são muitas grandes empresas
entrevistadas – dá para sentir que a indústria está meio perdida. Se a
650B for a solução mágica, que permita um design eficiente em trail
bikes (coisa que não dá para fazer com a 29er) e algum ganho de
performance (representativo) em relação às 26ers, será ótimo para elas.
O
que eu vislumbro nessa confusão toda é que o milagre das rodonas não
aconteceu, e, pior, com o melhor conhecimento da gemoetria e implicações
ergonômicas das mesmas, a indústria se viu na encruzilhada de admitir o
erro ou procurar resolver o problema. E no que isso vai dar?
Provavelmente numa menor oferta de modelos 29ers no mercado,
restringindo-as a bikes de XC com pouco curso ou hardtails, para
ciclistas de maior estatura.
Embora
a Santa Cruz creia que grande parte da bolha 650B possa ser creditada
ao desejo do ciclista ter a “roda mágica”, e assim a necessidade estaria
criada, levando a indústria a tentar atender a esta demanda do mercado,
não concordamos com esta análise. A indústria está pesquisando,
tentando, testando, eventualmente acertando e errando. O que vemos nas
reportagens são muitos “SEs”: se isso, se aquilo… muita incerteza.
Curiosamente
o boom das 650Bs deu-se depois que Nino Schurter venceu uma etapa do
Campeonato Mundial de MTB com um protótipo de uma Scale 27,5, mas, com
uma sinceridade chocante, Adrian Montgomery (US Scott Marketing) diz que
o fato de Nino ter corrido numa 650B foi simplesmente porque seu Bike
Fit não encaixava numa 29er. Não sou eu quem está dizendo: a 29er
simplesmente não se encaixa – e não é a melhor escolha – para um dos
melhores ciclistas do mundo. É seu principal patrocinador quem o diz:
“Pois
é, com certeza, nos últimos anos as rodas grandes tem crescido, mas
nunca encaixei perfeitamente numa 29er. A bike para mim é muito grande.
Eu não consigo uma posição perfeita, porque o guidon é muito alto e
nunca me senti muito bem em uma 29er”.
Nino, no i-mtb.com.
No fim das
contas, o que achamos é o mesmo de sempre. Há um mercado real para as
29ers, depois da explosão inicial. Elas vão estar aí por algum ou quem
sabe muito tempo, porque é uma bike muito legal, perfeita para ciclistas
altos (altos, 1,80 para frente), que desejem algum ganho de performance
e tenha pernas para vencer a inércia inicial. Não é uma opção
interessante para trilhas técnicas, que exijam agilidade da bike, nem
para ciclistas de menor estatura. Pode, ou não, ser uma boa escolha para
você. Ah, e, definitivamente, se você não está bem fisicamente, ela não
vai resolver o seu problema.
Posted 4 days ago by BTT Lobo
O que posso dizer sobre o assunto como tenho 1,85m de altura que as 29er para mim foram essenciais lembrando que as mesmas ja existem a varios anos na europa aqui novidade agora, vejo muitas pessoas comentando sobre elas sem nunca ter pedalado em uma,otima materia do blog parabens!!!!!
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