terça-feira, 30 de abril de 2013

Como a política mata ciclistas

Inpirado em matéria postada no site Massa Crítica

Nunca andamos tanto de bicicleta – e por isso mesmo nunca houve tão pouco espaço para elas. E para mudar isso só há um caminho: acabar com a miopia urbanística dos governantes
 
Cada um de nós tem uma escolha a fazer sobre como chegar ao trabalho todas as manhãs. Podemos ir de carro, a pé, de transporte público, de táxi, de moto, de bicicleta. Há prós e contras para todas as opções. Ônibus é mais barato, mas também não é nenhuma pechincha: em São Paulo, onde a passagem custa R$ 3, um mês de ida e volta de ônibus custa R$ 180 por pessoa, 30% do valor do salário mínimo. E é infernal: implica muito aperto, muito tempo perdido, muito susto com motoristas estressados… (e quem não se desequilibraria passando o dia no trânsito?).

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É tão ruim que uma minoria crescente da população opta por ter um carro. A vida com carro não é boa, mas é muito melhor do que dentro do ônibus. Os vidros fumê, o ar condicionado e a música ambiente dão a sensação de que está tudo bem, apesar de Sodoma e Gomorra lá fora. Ter carro é caro: custa mais de R$ 1 mil por mês, se tudo for colocado na conta (impostos, estacionamento, gasolina, depreciação do veículo). E há vários contras para o resto da cidade: essa opção implica poluição, piora do clima, custos para a saúde. Além dos usuários de transporte público e carro, há quem prefira caminhar (a escolha mais barata), outros andam de táxi. E há quem opte pela bicicleta.

Bicicleta só não é mais barato do que caminhar. E, além do custo baixo, ela é boa para quem pedala (evita obesidade, depressão, doença cardíaca, câncer, melhora o sono, o sexo, a disposição) e para a cidade (reduz o trânsito, não emite poluentes, não piora o clima e reduz gastos públicos com saúde). 

A prefeitura de Copenhague calculou que, a cada quilômetro que uma pessoa anda de carro, a cidade gasta R$ 0,30. A cada quilômetro pedalado por uma bicicleta, a cidade ganha R$ 0,70 (com o incremento do turismo, por exemplo). Ou seja, abrir espaço para bicicletas é bom para todo mundo.

A boa notícia é que nunca se pedalou tanto. Só na cidade de São Paulo o número dos deslocamentos de bicicleta subiu de 47 mil por dia em 1987 para 147 mil em 2007 (data das estatísticas mais recentes). Isso é quase o dobro dos deslocamentos de táxi (78 mil). Em países bem administrados, os cidadãos são estimulados a escolher aquilo que é melhor para todos. Na Bélgica, por exemplo, ciclistas pagam menos impostos. Já no Brasil, pedestres e ciclistas são punidos com a falta de espaço.

O prefeito é o responsável por construir infraestrutura para a cidade. Ele cobra impostos de todos os habitantes e, com esse dinheiro, tem a obrigação de tornar o espaço público adequado para todo mundo. Nas cidades brasileiras, a maior parte dos investimentos no espaço público é tradicionalmente voltada para quem anda de carro – o dinheiro que a prefeitura toma de todo mundo é gasto com um só grupo.

Por quê? Por inércia. Na nossa cultura política, o que rende voto é obra monumental – basicamente grandes viadutos e avenidas. Não por coincidência, as empreiteiras que fazem essas obras são as grandes financiadoras das eleições. Ou seja, o dinheiro doado na campanha volta multiplicado ao bolso de quem “doou”. Esse ciclo vicioso, por si só, não é o responsável pela quase inexistência de infraestrutura para ciclistas no Brasil, mas ajuda. É que as obras viárias matam dois coelhos dos políticos com uma cajadada só: rendem contratos gordos para os financiadores de campanha e votos, muitos votos. Mas essa é uma visão caduca.

Não é de hoje que bom urbanismo ganha eleição – e não é exagero concluir que essa tendência vive um auge histórico. O caso do Bike Rio serve de exemplo. Trata-se de um sistema de aluguel de bicicletas a exemplo do Vélib´, de Paris: você aluga a bicicleta num ponto e devolve em outro. 

Esperavam que o sistema tivesse 7 mil usuários. Pouco depois da inauguração, em outubro de 2011, eram 45 mil. Moral da história: construa uma boa infraestrutura, e a bicicleta como meio de transporte virá – para o bem de todos.

Olhar com atenção para esse assunto não é só uma questão de urbanismo, inclusive, mas de segurança pública. Em março, a ciclista Juliana Ingrid Dias morreu esmagada por um ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo. Ela foi uma entre os 3 ciclistas mortos no Brasil naquela semana. José Carlos Lopes, o motorista do ônibus que a matou, disse que a conhecia, que a via todos os dias, que ela era consciente, cuidadosa, educada, “tinha noção do espaço dela”. Mas não havia espaço para ela. E enquanto a visão urbanística dos nossos prefeitos continuar míope, as mortes não vão parar.

retirado da Super Interessante
por Denis Russo Burgierman

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Suspensão para roda fixa? É possível…

Postado no site Eu Vou de Bike em 19 de outubro de 2012

O principal conceito das bicicletas de roda fixa (“fixed gear”) é o minimalismo. Quanto menos acessórios e periféricos a bicicleta tiver, melhor. Alguns “fixeiros”, apelido dos ciclistas que defendem as bicicletas de roda fixa, pedalam até sem freios, usando apenas as pernas para travar as rodas na hora de brecar. 

Mesmo correndo o risco de sermos criticados pelos fixeiros adepetos do “quanto mais simples, melhor”, vamos elogiar o design da Suntour Swing Shock, uma suspensão de garfo tão simples que poderia ser colocada numa bicicleta de roda fixa sem problemas.


O garfo reto tem um design simples que não parece um “peixe fora d’água” nas “fixas”. Na foto acima, a bicicleta tem um freio a disco, mas você também pode optar por ferios V-Brake (ou sem freio, se for sua praia).

A suspensão é bem leve e projetada especialmente para ruas cheias de buraco e também com paralelepípedos. Nada de tentar fazer uma trilha de moutain bike com ela!

ENDURO MTB DE REGULARIDADE - SAVANA BIKE SHOP



A SAVANA FARÁ DIA 19 DE MAIO, UM ENDURO DE REGULARIDADE DE MTB, ESTE TIPO DE PROVA É UMA NOVIDADE PARA MUITOS, POIS AS ULTIMAS PROVAS NESSE ESTILO AQUI NO ESTADO, OCORRERAM NOS IDOS DE 2001-2003, EM PALMACIA, MULUNGÚ E PACATUBA E ANTES DISSO EM 1995 NA ÁREA DA SERRA DO JUÁ. NOSSO AMIGO EDILBERTO PRTICIPOU DAS MAIS RECENTES E EU DAS PRIMEIRAS EM 95. (TO VELHO KKKKK)

É UM TIPO DE PROVA NOVA PARA MUITOS, MAS DE UM FORMATO BASTANTE INTERESANTE, ONDE O QUE IMPORTA, É A REGULARIDADE DO COMPETIDOR EM SEGUIR A PLANILHA NO TEMPO ESTIPULADO.

MUITOS DEVERÃO GOSTAR, POIS É UMA PROVA DIVERTIDA DE SER FEITA, QUE NÃO TEM A PRESSÃO DA VELOCIDADE.

HAVERÁ AGORA, UM CIRCUITO MUNDIAL, VEJA O LINK ABAIXO:


Essa prova da SAVANA premiará as categorias SPORT e PRÓ.
Seria bom que os outros organizadores se inpeirassem neste exemplo e passassem a premiar também já que é algo justo a ser feito, tendo em vista que há um valor pago pelas inscrições e também há os patrocínios que o evento tem.
Quem participa fica bem mais motivado tendo um premio ao final da prova, mesmo que sejam produtos em vez de dinheiro.

A organização promete ser das melhores, pois o responsável será uma pessoa de larga experiência no assunto, Sr. GALDINO GABRIEL, um dos fundadores do Rally PIOCERÁ.
Veja o box abaixo:

PARTE TÉCNICA DA PROVA: Apuração, Planilhas, levantamentos.

O enduro Savana de MTB Regularidade será apurado pelo Sr. Galdino Gabriel, assim, toda a parte técnica da parte de apuração da prova ficará sob sua responsabilidade e organização.

Galdino Gabriel, pra quem não conhece, é uma pessoa mais do que conhecida nos meios motociclísticos e de Rallys no País. Foi um dos primeiros a praticar o fora de estrada aqui no Cea
rá e, junto com outros companheiros, fundou o maior Enduro do País na atualidade: O Cerapió/Piocerá.

Fundou a Federação Cearense de Motociclismo do Estado do Ceará (em 1996) e é um dos poucos do Estado do Ceará que participou do Rally Paris-Dacar (em 2000).

Sempre trabalhou para desenvolver o motociclismo, provas de rally e enduro, aqui no Ceará. O reconhecimento do seu trabalho ocorreu em 2003 quando foi eleito vice-presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo - CBM, e também um dos responsáveis pelo sucesso do “Six Days”, Enduro internacional de Motocross realizado no Ceará no final de 2003 e que rendeu à CBM um prêmio da FIM Federação Internacional de Motociclismo pelo excelente trabalho realizado.

Galdino, tem ampla e larga experiencia em provas de Enduro de Regularidade por todo País, sempre cuidando dos levantamentos de percursos, busca por trilhas, parte técnicas de apuração de provas, cursos de navegação, Briefings organizacionais, etc.

Este é o Homem que fará a apuração dos Enduros Savana, prezando pela integridade, responsabilidade e experiencia neste tipo de prova.

Conheça a Historia de Galdino Gabriel no Cerapió / Piocerá:


http://www.piocera.com.br/piocera2013/evento.ph


A SHOP SAVANA informa que as Inscrições continuam abertas, garanta já a sua. Não deixe para ultima hora.

Procure uma categoria, forme uma dupla e participe de uma prova de Enduro.

Haverão categorias com 20km, 40km e 60km.

Informações (85) 3242-3232

Veja a ficha de inscrição abaixo:




CAMISA DOS KITS DOS PARTICIPANTES, MARCA FOX HEAD, ALGODÃO!

A Savana Bike Shop ORGANIZARÁ um BRIEFING dia 15 de maio, as 19:30hs, para tirar duvidas sobre a prova de ENDURO, na oportunidade explicará o formato das provas, os modelos de planilhas utilizadas, e quaisquer outras duvidas que os participantes tenham sobre a prova.

INFORMA QUE NESTE DIA, QUE ACONTECERÁ O BRIEFING, SERÁ O ULTIMO DIA DE INS
CRIÇÕES PARA A PROVA.

Evento: BRIEFING ENDURO SAVANA MTB
LOCAL: SAVANA BIKE SHOP - Espaço reservado c/ mesas e cadeiras
ENDEREÇO: Av Monsenhor Tabosa, 1553 - Meireles
HORARIO: 19:30hs

NA OPORTUNIDADE, O CANTINHO DO PORTUGA, QUE FICA VIZINHO, FARÁ UMA PROMOÇÃO PARA OS PARTICIPANTES, COM 10% DE DESCONTO EM QUALQUER PIZZA.


 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Conheça a bike mais leve do mundo, que pesa 2,7 kg

Saiba como foi montada a bicicleta e quais componentes foram usados

Fotos de divulgação

Magrelinha: maioria dos componentes foi fabricada ou retrabalhada para novo recorde de leveza

A bike mais leve do mundo que se tem notícia vem da Alemanha e pesa apenas (pasmem) 2,7 quilos! A iniciativa começou com o alemão Gunter Mai, que havia surpreendido o mundo em 2008 com uma bike de ciclismo de apenas 3.2 quilos que, segundo Mai, não era meramente uma bike de demonstração e com ela o alemão alega ter pedalado mais de 20 mil quilômetros em dois anos de andanças.


Câmbio traseiro SRAM Red de 10 velocidades retrabalhado que pesa só 100 gramas


O conjunto canote e selim de carbono colado numa única peça pesa 80 gramas

Gunter Mai resolveu desmontar e vender a bike em pedaços. Algumas partes como o quadro Spin, o garfo THM, o guidão e a mesa e outros componentes foram parar nas mãos do norte-americano Jason Woznick, da empresa Fairwheel Bikes, de Tucson, no Texas, que foi atrás do que havia de mais leve no mundo para remontar a bike.

 

A maioria dos componentes foi então fabricada ou retrabalhada especialmente para estabelecer o novo recorde de leveza. Os pedais, por exemplo, são da marca Aerolite, usinados para perder alguns gramas. O cubo traseiro pesa impressionantes 84 gramas e o conjunto canote e selim – de 80 gramas – são de carbono e colados numa única peça. O câmbio traseiro é um SRAM Red de 10 velocidades retrabalhado que pesa só 100 gramas. 

O cubo dianteiro de carbono é da marca Dash de apenas 30 gramas.

Estima-se que foi investido US$ 45 mil no desenvolvimento da bike.

Publicado em 13 de abril de 2013 no site BIKEMAGAZINE.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Essa é a hora de cobrar!

Dia 20 de setembro de 2012, aproveitando a semana da mobilidade, tentamos entregar, pessoalmente, a carta de compromisso com a mobilidade por bicicleta de Fortaleza ao candidato Roberto Claudio.

O Celso Sakuraba conseguiu, com um dos assessores, um encontro com o candidato em seu comitê por volta das 19:30h. Ao chegar na base do comitê fiquei impressionado! Uma estrutura muito boa ocupando um espaço gigantesco na Av. Sebastião Abreu. Fomos recebidos pelo assessor Felipe que pegou a carta e se prontificou a falar com o Roberto Claudio. Retornou algum tempo depois com a carta assinada e nos informando que seriamos chamados para falar pessoalmente com ele no palco da campanha. Esperamos por algum tempo enquanto Ciro e Cid Gomes discursavam no palco. Depois disso descobrimos que não seria possível uma palavrinha com o candidato. Ficamos um pouco desapontados por não ter o contato olho no olho, mas tudo bem… Pelo menos o candidato assinou nossa proposta,  o assessor informou que ele aproveitaria uns 4 tópicos para incluir na campanha.

Como não tínhamos mais nada a fazer, a única coisa que nos veio em mente foi registrar o momento em que tentamos o contato direto mas, como não conseguimos, nos contentamos com o companheiro caricaturado do candidato Roberto Claudio.

Gostaria de ler a Carta de Compromisso com a Mobilidade por Bicicleta assinada pelo Roberto Cláudio  e autenticada em cartório? CLIQUE AQUI!

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Foto: Gelson Kinney, Lucas Landim, Valéria Brayner e Celso Sakuraba

Paulistano cria plataforma online para ciclistas e grupos de pedal

Ferramenta quer popularizar a cultura da bicicleta nas ruas, proporcionando mais segurança e interação entre as pessoas


Do site: MOBILIZEPostado em: 19 de abril de 2013  |  Fonte: Ciclo Vivo
 
A plataforma colaborativa é gratuita
Plataforma colaborativa é gratuita
créditos: Sem Paredes/Flickr

A plataforma Loop Bikes foi criada para agregar mais pessoas aos grupos que realizam passeios ciclísticos nas principais cidades do país. A ferramenta, desenvolvida por um paulistano, pretende popularizar a cultura da bicicleta nas ruas, proporcionando mais segurança e interação entre as pessoas que utilizam as bikes como meio de transporte, prática esportiva ou atividade de lazer.

O administrador Alexandre Thomé passou a observar o aumento do número de ciclistas nas principais cidades brasileiras e decidiu criar a Loop Bikes, plataforma na web que traz informações sobre os principais grupos de pedal nas cidades. A ferramenta indica não só trajetos, horários e níveis de dificuldade, mas também dá informações pessoais de ciclistas e permite o cadastro de novos grupos de pedal.

A iniciativa de criar este novo tipo de serviço é importante, porque os grupos de ciclistas têm papel fundamental para incentivar o uso da bicicleta nas grandes cidades, principalmente para quem anda de bike há pouco tempo. “Nosso ponto de partida será apoiar os grupos de ciclismo – desenvolvemos ferramentas para ajudar a organizar, divulgar e conduzir pedaladas”, afirma Thomé. “Pedalar em grupo foi transformador para mim, e espero que seja também para cada vez mais pessoas”, diz o criador na página do projeto.

A plataforma colaborativa é gratuita, e qualquer ciclista do Brasil pode participar, basta acessar o site. Quem deseja entrar para um grupo de pedal precisa se inscrever como participante e divulgar dados de emergência, acessados apenas pelos organizadores do grupo. Para fazer parte do serviço, os ciclistas que coordenam os grupos devem informar os dias das pedaladas, horários, pontos de encontro e níveis de dificuldade. O espaço também é útil para quem deseja conhecer novos ciclistas e compartilhar informações sobre grupos e trajetos.

O site tem interação com o Facebook, mas, segundo Alexandre Thomé, esta é apenas a primeira fase do projeto.  No próximo sábado (20), a plataforma será lançada no Las Magrelas, bar bicicletaria localizado na rua Mourato Coelho, 1344, Vila Madalena.

Daqui a um tempo, a Loop Bikes vai disponibilizar roteiros que podem ser acessados via smartphone e vai entrar em operação o GPS do ciclista, ferramenta para orientar as rotas mais eficientes para quem utiliza as bikes nos grandes centros urbanos.  Com informações do Bike, Pedal e Cia.

Por que carros pagam impostos e bicicletas não?

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Fui questionado: “Por que os ciclistas tem os mesmos direitos no trânsito se os motoristas pagam impostos e os ciclistas não?”

Poderia inicar a justificativa falando a balela de que os ciclistas também pagam impostos mas, na real, quem não paga? A resposta para essa pergunta é muito mais profunda do que se imagina.

O custo para que seja utilizado o carro como meio de transporte na sociedade é muito alto! 

Os custos campeões são os investimentos em criação e manutenção da malha viária e, pasmem, o primeiro lugar vai para o tratamento de acidentados. Além desses dois motivos óbvios temos a manutenção de semáforos, a criação de túneis, pontes e viadutos,  alargamento de vias, lombadas eletrônicas, agentes de trânsito, custos com campanhas de conscientização, agentes administrativos, e muitos outros custos financeiros.

Os piores custos não são os financeiros. Existem os de difícil mensuração chamados de custos sociais! Como medir o custo social pela morte no trânsito de um trabalhador que deixa órfã uma mulher e três filhos? Como medir o trauma, a angústia, as dificuldades que um paraplégico vítima do trânsito sofre? Como medir a emissão de gás carbônico, a influência do aumento da temperatura nas nossas vidas, o estresse provocado pelos engarrafamentos e o tempo perdido neles, os problemas respiratórios, o inconveniente da poeira preta em nossas casas e muitos outros?

Sem dúvida o carro é uma grande invenção que nos trás comodidade e nos permite uma certa mobilidade! Podemos ir e vir com mais facilidade percorrendo grandes distâncias mas qual o custo total disso?

A bicicleta, por outro lado, embora tenha o custo para promover a locomoção, nos dias atuais, ela é tão eficiente ou mais eficiente que os carros. Os atropelamentos provocados por bicicletas dificilmente provocam mais do que meros arranhões, é um meio de transporte não poluente, não necessita de tanta infra-estrutura para suprir as necessidades dos ciclistas, é um exercício físico que melhora a saúde e o condicionamento físico evitando problemas cardiovasculares e muitos outros.

Diante dos fatos, quem deve pagar ou não impostos?

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Já pensou em ter um rastreador na sua bicicleta?


 
 Falar isto um tempo atrás poderia até soar como piada. Porém com o alto custo das bikes atuais, elas infelizmente também se tornaram objeto de desejo entre os criminosos.

Mas a idéia por trás do “BikeSpike” não é bem esta. O objetivo principal deste rastreador é fornecer um aviso/relatório imediato a algum de seus contatos em caso de queda.

Atualmente, muitos de nós já estamos acostumados a medir nossos pedais e ter nossas localizações através de GPS, normalmente embarcados em nossos smartphones. Mas nestes casos, é necessário que estejamos na bike. Com este gadget, instalado na própria bike, a função de localização ocorre sem a necessidade da nossa presença. E para quem está habituado com aparelhos eletrônicos, sabe que nada melhor do que um aparelho dedicado para realizar determinada função. No meu caso, não troco o meu GPS Garmin Etrex por nenhum Smartphone. Tanto pela confiabilidade dos dados mesurados (em breve traremos um post falando sobre isto) quanto pela durabilidade da bateria.

O aparelho, que pode ser emparelhado com um Smartphone Android ou iOS  para permitir o monitoramento em tempo real de uma bicicleta, está sendo desenvolvido por Clay Neigher e Fienup Bill através de um projeto Kickstarter.


O dispositivo é anunciado pelos desenvolvedores como tendo um dos menores chipsets de GPS do mundo, uma antena embutida e um acelerômetro a bordo, juntamente com uma conexão a uma rede global de celulares. A idéia aqui é que os usuários possam identificar a localização exata da bicicleta via conexão web ou smartphone. Isso pode permitir que uma bicicleta seja digitalmente “bloqueada”, onde o usuário pode receber uma notificação se a bike está em movimento, se sofreu uma queda, ou se foi danificada e abandonada.

Os criadores acreditam que o BikeSpike possa ser integrado em um porta-caramanholas, ficando como uma espécie de “caramanhola personalizada”, assim, escondendo o fato de que a bicicleta tem  o rastreador instalado. Isto poderia fornecer a polícia ou a aplicação da lei aos outros com uma ferramenta para ajudar a recuperar uma bicicleta roubada.

Os designers ainda afirmam que que ele poderia ser utilizado para que os pais pudessem acompanhar os passeios dos ciclistas mais jovens, para o gerenciamento de uma frota de aluguel de bicicletas e até mesmo para programas de compartilhamento de comunidade.

“O sistema de detecção de colisão pode alertar aos principais membros da sua lista de contatos e compartilhar a localização de um acidente”, disse Neighber.

Além disso, o BikeSpike poderia ser usado da maneira como muitos ciclistas usam o GPS – para coletar e compartilhar dados de viagem.

“A API aberta permite aos desenvolvedores criar jogos e aplicativos de fitness que você pode baixar e usar com o dispositivo ou utilizar os dados criados a partir do BikeSpike de integração com os aplicativos existentes que já utilizamos”, acrescenta Neigher.

Ele está esperançoso de que o projeto Kickstarter vai permitir que este dispositivo tão útil saia do conceito e se torne realidade.

E você, instalaria um na sua bicicleta?

Postado em 11 de abril por gugamachado no site VOU DE BIKE.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Avaliação: Ciclovia da Av. Bezerra de Menezes

No dia 28 de outubro, às 6:30h da manhã começamos a avaliar a ciclovia da Av. Bezerra de Menezes que tem seu início no cruzamento da Pe. Ibiapina com a Av. Bezerra de Menezes, bem em frente ao Mercado São Sebastião. Assim como as demais ciclovias de Fortaleza, ela começa literalmente no nada! Sem nenhum tipo de integração com outras soluções para os ciclistas, os obrigando a ocupar a rua.

Início da ciclovia Av. Bezerra de Menezes
Início da ciclovia Av. Bezerra de Menezes próximo ao Mercado São Sebastião

Logo no início da ciclovia deparamo-nos com um problema rotineiro principalmente às quintas-feiras: a presença de várias pessoas vendendo caranguejo, ocupando a ciclovia e a calçada. Neste ponto, a ciclovia tem uma largura teórica de 4 metros, o que seria uma ótima distância se não fosse a presença de árvores e raízes bem no meio, deixando, na verdade, em torno de 70cm de ciclovia e esse restante sendo ocupado por vendedores ambulantes. Impossível transitar de bicicleta!


A menos de 15 metros dos vendedores de caranguejo me deparo com esse monumento (aparentemente uma caixa d´água) bem no meio da ciclovia. Muito utilizada por pessoas para fazer necessidades fisiológicas (urinando), deixando um cheiro forte e desagradável. Quem usa uma bike tipo speed é obrigado a descer e ir empurrando.

Caixa d´água no meio da ciclovia

O vendedores continuam por alguns quilômetros pela ciclovia.


As calçadas são outro agravante na ciclovia. Na maioria dos pontos elas não passam de 60 centímetros de largura e a presença de postes de iluminação e sinalização são frequentes! Não permite que uma pessoa caminhe confortavelmente sem ter que olhar para baixo constantemente com aquela sensação de ter que se equilibrar para não sair da calçada. Cadeirantes, pessoas com problemas de mobilidade ou deficientes são incapazes de frequentar as calçadas. As árvores dificultam muito a visibilidade do ciclista. O risco de acidente envolvendo ciclista e  um pedestre que aparece repentinamente, saindo detrás de uma árvore, é muito grande!

calçadas de 60cm de largura
Calçadas com 60cm de largura

Em alguns pontos elas possuem pouco mais de 30 centímetros! Totalmente inviável para um pedestre caminhar nesses trechos, sendo obrigados a descer para a ciclovia, aumentando o risco de acidentes!

Calçadas com 30cm de largura. Inviável para uso dos pedestres
Calçadas com 30cm de largura. Inviável para uso dos pedestres

A presença de lixo na calçada e na ciclovia é constante! Pelo que percebemos a prefeitura recolhe o lixo com certa frequência mas a ação também precisa ser educativa. A população precisa se conscientizar de que estes não são locais de lixo.

Lixo na calçada e ciclovia.
Lixo na calçada e ciclovia.

Em muitos pontos, a disposição das árvores e obstáculos dificultam muito a passagem do ciclista, exigindo perícia e impossibilitam a passagem de bicicletas em sentidos opostos.

Trechos difíceis de passar.

Trechos difíceis de passar. A inclinação da árvore impossibilita a passagem pela direita.
Em alguns pontos a ciclovia sofre uma alteração abrupta, dificultando a ação de um ciclista distraído.

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A presença de pedestres e corredores utilizando a ciclovia é uma constante. Fato agravado pela visibilidade da ciclovia e sua estrutura, pondo em risco tanto a saúde dos ciclistas quanto dos pedestres. Muitos corredores utilizam fones de ouvido, o que dificulta drasticamente a comunicação!

Pedestres na ciclovia
Pedestres na ciclovia

Alguns trechos da ciclovia tiveram uma leve melhoria como o trecho da imagem abaixo que foi alargado. Alguns pontos foram alargados para facilitar a passagem das bicicletas mas, mesmo assim, ainda é inviável para o tráfego de duas bicicletas em sentidos opostos. É comum a presença de restos de lixo e cacos de vidro.

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É muito comum encontrarmos motoristas realizando manobras proibidas. Dentre as mais arriscadas para os ciclistas é o retorno proibido. Os motoristas não observam o fluxo da ciclovia e a maioria faz o retorno sem sinalizar, o que aumenta ainda mais o risco de atropelamento.

retorno proibido!
Retorno proibido!

Conclusão

A ciclovia tem uma estrutura mínima e mal planejada. É utilizável pela maioria das bicicletas e possui um piso razoável comparado com as demais ciclovias de Fortaleza. Dentre os pontos negativos estão a presença de lixo, falta de acessos e vendedores ambulantes nas proximidades do North Shopping e muitos obstáculos! A maior parte das calçadas são bonitas mas mal planejadas e totalmente inviáveis para o tráfego de pedestres.

Alguns pontos são graves e passíveis de acidente sério como a falta de visibilidade provocada pelas árvores em alguns pontos, a presença constante de pedestres que, aliado a baixa visibilidade, pode provocar acidentes e, principalmente, os retornos proibidos feitos pelos motoristas. Já presenciei acidentes provocados por essa manobra e quase fui atropelado duas vezes porque os motoristas realizam o retorno sem observar o movimento da ciclovia.

ESSE POST É DO SITE MASSA CRÍTICA FORTALEZA.