quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O POVO: Aventuras a pé e de bicicleta

Para marcar o Dia Mundial sem Carro, repórteres do O POVO aceitaram o desafio de deixar o automóvel de lado e ir ao trabalho a pé e de bicicleta. Não foi tarefa fácil

FOTO: THADEU BRAGA
 
A repórter do Núcleo Cotidiano, Luar Maria Brandão, enfrentou 26 quarteirões de obstáculos distribuídos em calçadas fora do padrão

REPÓRTER ENFRENTA CALÇADAS DA CIDADE

Andar 26 quarteirões pode não ser nada para um maratonista ou um atleta qualquer. Ou até para você, leitor. Mas, para mim, foi osso. À véspera do Dia Mundial Sem Carro, deixei de lado minha querida topic 03 de todos os dias e fui a pé para o trabalho. Inventei de trair o transporte público da cidade para enfrentar as calçadas da avenida Antônio Sales. Foi bom - só que não.

Moça precavida, coloquei roupa fresca, sapato confortável e filtro solar. Os pouco mais de três quilômetros que separam a minha casa, no Dionísio Torres, do jornal O POVO, no José Bonifácio, estavam lá prontos para serem percorridos por mim e pelo fotógrafo. Ainda menos – bem menos – atlético que eu.

Saímos às 7h30min para garantir que o percurso, mesmo sem o subsídio do carro, me garantisse a pontualidade no trabalho. Logo nos primeiros metros, não resisti. Coloquei bloquinho e caneta em mãos. Era o costume. Tinha que anotar o número de quarteirões e a quantidade de carros que via pela calçada (15).

O primeiro desafio foi a subida íngreme da rua Visconde de Mauá até a Antônio Sales, que testa fôlegos e corações. Era o de menos. Quem dera andar pelas calçadas de Fortaleza exigisse só preparo físico. Mais que isso, exige paciência. Cada prédio, cada clínica e cada empresa – seja lá de que tipo for – tem a calçada que lhe aprouver.

Passamos por calçadas com calçamento, sem calçamento, alta, baixa, de areia e até com piso liso de banheiro (perfeita para os dias de chuva). Uma mulher que seguia na minha frente, com uma bendita mala de rodinhas, enfrentava verdadeiro rali. E eu só no vácuo. Sobe, desce, desvia de buraco, bueiro, lixo. “Imagina se fosse um cadeirante? Não passava era nunca!”, esbravejou. Passava mesmo não.

Minutos à frente, disputei meu espaço entre o muro, um rapaz e uma árvore. O fotógrafo riu. Disse que fiz cara de má. Mas calçada exige pulso firme mesmo.

Para encarar o motoqueiro que escapa do trânsito pela área do pedestre ou para indagar o motorista que estaciona irregularmente no passeio.

Aliás, carro estacionado na calçada não faltou, apesar de ser cedo da manhã. Tinha menos veículo do que eu posso observar quando passo de ônibus pela Antônio Sales, em horário de pico. Mas não faltou exemplo, não. “Caminho por aqui todo dia e não conto as vezes em que tive de ir para o meio da rua, desviar dos carros estacionados”, contou Raimundo Bezerra, 73 anos.

A essa hora já estava chegando ao nosso destino. Foram 50 minutos para cruzar 3,3 km da Antônio Sales. No sentido oposto ao do batalhão de carros, chegamos inteiros à Aguanambi. Até foi bom para espairecer e descobrir uma capelinha linda, linda que eu nunca tinha percebido.

ENTENDA A NOTÍCIA

Na véspera do Dia Mundial sem Carro, O POVO percorreu 26 quarteirões da cidade a pé. Veículos estacionados irregularmente, calçadas fora do padrão, desniveladas e com piso escorregadio tornaram a atividade um risco

Dicas

Vai se aventurar a pé?

1. Use um tênis apropriado. Se for ao trabalho, carregue sapato ou sandália numa bolsa.

2. Leve uma garrafa d’água e use filtro solar.


3. Se um carro impedir sua passagem, cuidado ao passar para a pista. Ônibus, principalmente, trafegam muito próximos às calçadas.

4. Escolha sempre o lado da sombra. É muito mais confortável e menos cansativo. No fim, faz diferença.

Saiba mais

De acordo com a assessoria do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), já foram construídas, desde 2008, 182 mil metros quadrados de calçadas padronizadas e 105 quilômetros de meio-fio.

As avenidas Bezerra de Menezes, Domingos Olímpio, Justiniano de Serpa, Mister Hull, Jovita Feitosa e parte da Antônio Sales já passaram pela reforma.

Mais onze vias passam por restauração. Entre elas: avenida Pontes Vieira, rua Costa Barros, avenida 13 de Maio e avenida Engenheiro Santana Jr.

Serviço
Denuncie irregularidades nas calçadas de Fortaleza:

AMC: 190

Publicado no Jornal O POVO em 22 de setembro de 2012.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Bike Estilo Retrô.


Bike urbana de Nova York aposta no conceito do fashion retrô com conforto

Marca acaba de apresentar suas novidades na feira Interbike, realizada em Las Vegas
Publicado em 24 de setembro de 2012 às 10:55
Fotos de divulgação

Playbike é inspirada no design das Schwinn Sting-Rays


Na onda das bikes urbanas com um toque de nostalgia que chegam ao mercado, uma bicicleta quer se tornar objeto de desejo dos descolados de Nova York. A Playdate Bike Club segue o conceito do quanto mais conforto melhor.
Seu criador, Andre Gonzalez, começou fabricando bikes por conta própria, na cozinha de casa. Inspirado no design das Schwinn Sting-Rays, apostou na linha “East Coast high-Rider”, com guidão alto.

O toque fashion, com direito a personalizações e muito cromado, garantiram a atenção do mundo da moda. A Playdate foi parar nos editoriais nas conceituadas Nylon Vogue e Cosmopolitan.


 

Neste mês, a linha 2013 foi apresentada na feira Interbike, em Las Vegas.
Para saber mais, visite o site da Playbike

Publicado em 24 de setembro de 2012 no site da revista BIKEMAGAZINE.

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