quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Conceitos básicos sobre suspensões - Parte II


Suspensão: O conjunto

Enquanto que a suspensão dianteira é mais fácil de entender e é composta exclusivamente do garfo, a traseira já apresenta alguns apectos que merecem mais detalhe. A suspensão traseira depende não apenas do elemento amortecedor, mas também da forma como este é atuado, o que depende diretamente da configuração da balança.



A geometria do conjunto amortecedor-balança vai determinar uma característica extremamente importante na suspensaão traseira de uma bicicleta: a trajetório que o eixo traseiro faz quando a suspensão “trabalha”. Isto porque a corrente conecta o eixo traseiro à parte dianteira da transmissão (pedevela, pedais e mov. central). Assim, quando o ciclista pedala, a corrente é tracionada e afeta o movimento da balança. O efeito mais conhecido deste fenômeno é o “bob”, também chamado de “bio pacing”.



O “bob” acontece quando a corrente não esta alinhada com o pivot central da suspensão. Se a corrente estiver acima do pivot, o esforço aplicado no pedal irá tensionar a corrente e esta irá puxar a balança para cima, comprimindo a suspensão. Se a corrente estiver abaixo do pivot a mesma tensão irá puxar a balança para baixo, estendendo a suspensão. Esse puxa daqui e dali dá origem ao execrado movimento de vai-e-vem do “bob”. Para complicar as coisas a corrente muda de lugar quando trocamos de marcha, o que torna impossível manter um pivot fixo sempre alinhado com a corrente. Para minimizar o problema, algumas companhias alinham o pivot com uma determinada coroa específica, para minimizar o bob em uma determinada marcha.




O que isso tem a ver com a trajetória do eixo traseiro? Quando o sistema de suspensão traseira é tal que o eixo traseiro se afasta do movimento central quando o amortecedor é comprimido, o movimento da balança tensiona ainda mais a corrente, contribuindo para ampliar o efeito “bob”. Sistemas com essa particularidade incluem as bicicletas monopivot com pivot “alto” (pivot alinhado ou um pouco abaixo da coroa maior). Um exemplo típico é a Santa Cruz Superlight.

Santa Cruz Superligh

Um aspecto interessante deste sistema, que é de fato uma vantagem em subidas lisas e íngremes ou em alguns sprints, é que quando o ciclista pedala em pé a tensão na corrente é suficiente para quase “travar” o amortecedor na posição estendida ao puxar a balança. Isto reduz consideravelmente o funcionamento da suspensão e consequentemente o “bob” nestas condições. Porém se a subida for mais técnica, com algumas raízes e pedras maiores, a suspensão “travada” vai ser menos eficiente que uma suspensão ativa.

Uma forma de contornar o problema do efeito da tensão na corrente é projetar um sistema cuja trajetória do eixo traseiro seja mais próxima de uma linha vertical. Em 1991 um indivíduo chamado Horst Leitner, então sócio da AMP Research, bolou um sistema com um pivot adicional localizado na balança logo à frente a ligeiramente abaixo do eixo traseiro.



Este pivot permite que o eixo traseiro gire para frente ao ser puxado pela corrente quando a suspensão mergulha no curso, atenuando significativamente o efeito de tensão na corrente e consequentemente o “bob”. Este pivot, apelidado de “Horst Link”, foi empregado nas bicicletas full suspension da AMP Research e também no design FSR da Specialized, desenvolvido em parceria com o Leitner.





 Ao perceberem as vantagens do sistema, outros fabricantes começam a copiá-lo e como AMP não tinha dinheiro para enforçar seu direito sobre a tecnologia ela acabou vendendo a patente para a Specialized em 1998. O design FSR é hoje uma das melhores configurações de suspensão traseira no mercado. Este sistema combina um design totalmente ativo com mínimo efeito “bob”.




Outras marcas que hoje utilizam o Horst link e pagam royalties para a Specialized incluem Intense (M1, Tracer, Uzzi), Turner (5-Spot, 6-Pack, Flux, Nitrous e RFX), Titus (Switchblade, Racer-X, Super-Moto e Motolite), Azonic (Recoil, Saber, Propulsion), entre outras.

Azonic Samurai


Aguardem a terceira parte em breve. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Conceitos básicos sobre suspensões - Primeira parte

Essa matéria foi retirada do site PEDAL.COM e é assinada por Gui Marques. As ilustrações foram pesquisadas por mim mesmo.

Conceitos básicos sobre tecnologias de suspensão de bicicletas de montanha

A suspensão: Para que serve ?





Um garfo de suspensão vai adicionar um bom peso na frente da bicicleta (de duas a quatro vezes mais peso que um garfo rígido comum, dependendo a suspensão) por isso é bom que ela sirva para alguma coisa além de impressionar o seu vizinho.

O objetivo principal do conjunto suspensão é absorver e dissipar a energia de impactos, mantendo a roda no chão e aumentando o controle sobre a bicicleta. Impactos vem de irregularidades e obstáculos na trilha (raízes, pedras, buracos). Se a trilha não tiver obstáculos (exemplo: estradão de terra) então a única função da suspensão vai ser adicionar peso e manutenção à bicicleta.

Mas afinal, eu preciso de um garfo de suspensão ?

A resposta mais simples é não, não precisa. Ciclistas de montanha já percorriam várias das trilhas que você percorrre hoje sem suspensão nenhuma, e certamente se divertiam tanto quanto você. Estes ciclistas já usavam um tipo de suspensão com capacidade de amortecimento variável em velocidade e posição, controlada por um computador capaz de ler o terreno em 3D e processar uma vasta quantidade de informação capaz de deixar qualquer “Deep Blue” na poeira. São os seus braços, pernas, e o teu cérebro. Esta suspensão é fantástica, está disponível para todo mundo e você deve tirar o máximo proveito dela.

Ritchey Mountain Bike





A introdução dos garfos de suspensão dianteira comecou timidamente lá em 1987 com a bike "Bushido", que ironicamente era uma "full suspension" mas não chegou ao estágio de produção comercial.

Bike Bushido

Um ano depois, a Kestrel "Nitro" debuta no bike show de Long Beach, Califórnia, com um garfo de suspensão projetado pelos "gurus" Paul Turner e Keith Bontrager. Era o precursor do famoso RS-1 e usava uma coroa dupla. Já em 1989 o RS-1 começa a ser produzido pela Rock Shox/Dia Compe e a partir daí a indústria não parou mais: Doug Bradbury com o primeiro Manitou em 1990, a Scott com o "Unishock" e a Marzocchi com o "Star Fork" em 1991 e a Rock Shox com o Mag 20 e Mag 30 em 1992.

A Kestrel Nitro em publicação da época.

História à parte, a introdução dos garfos de suspensão dianteira trouxe alguns aspectos interessantes para o ciclismo de montanha.
O primeiro deles é o controle. Amortecendo vários dos impactos a suspensão alivia um pouco o “trabalho” do ciclista. Isto permite a ele transpor terreno mais técnico em maior velocidade. Isso é bom ?

Sinceramente eu não sei, mas como diz um ditado por aí “mais rápido não é sempre melhor, mas é sempre mais divertido...”. É um ditado bobo, mas captura um pouco da razão pela qual muitos de nós nos aventuramos pelo ciclismo de montanha.

O segundo se relaciona um pouco com segurança (eu digo “um pouco” porque não vejo garfos de suspensão necessariamente como equipamento de segurança). Tendo um garfo de suspensão “burro” (não se iluda, comparado com seus braços e pernas qualquer Brain ou Fox T.I.V. é uma suspensão burra) na bicicleta lhe dá uma certa margem de segurança. Se você for pego de surpresa por algum obstáculo ou escolher mal uma linha ela pode literalmente salvar a tua pele.

Juntando os dois aspectos um garfo de suspensão então permite ao ciclista ir mais rápido e sofrer menos desgaste. Assim ele poder fazer trilhas mais longas, mesmo com terreno em condições adversas, e terminar sem aquela sensação nos braços de quem passou o dia inteiro operando um martelete pneumático.

E isso é uma boa coisa.


Aguardem a segunda parte em breve.



Campeonato Cearense de Mountain Bike - CALENDÁRIO 2013




AQUI ESTÁ UM CALENDÁRIO RESUMIDO DAS PRINCIPAIS PROVAS DE MOUNTAIN BIKE QUE ACONTECERÃO EM 2013, DENTRO DO ESTADO DO CEARÁ.


SE OBSERVAR, NO CALENDÁRIO OFICIAL PUBLICADO ANTERIORMENTE, TEM ALGUMAS PROVAS NO PIAUI, BAHIA, MINAS GERAIS, ETC. QUE NÃO FORAM COMPUTADAS AQUI. FOI PRIORIZADO OS EVENTOS EM TERRITÓRIO CEARENSE.

ATENTE-SE, QUE NO PRIMEIRO SEMESTRE, ACONTECE O CALENDÁRIO DE  CIRCUITOS XCO; NO SEGUNDO SEMESTRE, ACONTECEM AS MARATONAS XCM.

DETALHE PARA UMA PROVA DE 3 DIAS, QUE TEM NO CALENDARIO, NO FINAL DE NOVEMBRO E INICIO DE DEZEMBRO. A PROVA CONSTA COM O NOME, RACE ACROSS.

DURANTE O ANO, AINDA OCORRERÃO ALGUMAS PROVAS INDEPENDENTES, QUE NÃO VALEM PARA ETAPAS DE CAMPEONATO.

VAMOS AS DATAS, PROGRAMEM-SE:


03/FEVEREIRO - TRILHAS DO AQUIRAZ (1ª ETAPA CIRCUITO BIKE CEARÁ)
24/FEVEREIRO - 1ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCO - UBAJARA CE

07/ABRIL - DESAFIO DAS AGUAS  (2ª ETAPA CIRCUITO BIKE CEARÁ)
14/ABRIL - 2ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCO - CRATO CE

19/MAIO - ENDURO SAVANA DE REGULARIDADE (1ª ETAPA)
26/MAIO - 3ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCO - MARACANAÚ CE

02/JUNHO - 4ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCO - MARANGUAPE CE
09/JUNHO - DESAFIO DAS FALÉSIAS  (3ª ETAPA CIRCUITO BIKE CEARÁ)

07/JULHO - XCO MTB 6HS - CRATO CE  (PROVA INDEPENDENTE)
20/JULHO - CAMPEONATO BRASILEIRO DE MTB XCO (ETAPA CEARÁ)

04/AGOSTO - DESAFIO DOS SERTÕES  (4ª ETAPA CIRCUITO BIKE CEARÁ)
25/AGOSTO - 5ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCO / CIRCUITO SAVANA (A DEFINIR)
30/AGOSTO - CAMPEONATO BRASILEIRO DE MTB XCM MARATONA - A DEFINIR


15/SETEMBRO - 1ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCM MARATONA (MARANBIKER) - MARANGUAPE CE
29/SETEMBRO - XCO BARCELLOS MTB 5HORAS - A DEFINIR (PROVA INDEPENDENTE)

13/OUTUBRO - 2ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCM MARATONA (SERRA/SERTÃO) - GUARAMIRANGA CE
20/OUTUBRO - BIKE DA LUA CHEIA  (5ª ETAPA CIRCUITO BIKE CEARÁ)
27/OUTUBRO - TIANBIKER MTB XCO - TIANGÚA CE (PROVA INDEPENDENTE)

03/NOVEMBROENDURO SAVANA DE REGULARIDADE (2ª ETAPA)
17/NOVEMBRO - 3ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCM MARATONA (BARCELLOS CUP) - TABULEIRO NORTE CE

29/NOVEMBRO - SERTÃO RACE ACROSS MTB (3 DIAS DE PROVA) -  (PROVA INDEPENDENTE)
30/NOVEMBRO - SERTÃO RACE ACROSS MTB

01/DEZEMBRO - SERTÃO RACE ACROSS MTB
08/DEZEMBRO - XCO MTB 12HS - CRATO CE  (PROVA INDEPENDENTE)
15/DEZEMBRO - 4ª ETAPA CEARENSE DE MTB XCM MARATONA (D. PRINCESA DO NORTE) - SOBRAL CE


AGRADESCIMENTO AO AMIGO EDILBERTO DO SINGLETRACK.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Trilhas de Aquiraz - 1ª Etapa do Circuito Bike Ceará




300 ciclistas participam das Trilhas do Aquiraz

Largada.
  1ª etapa do Circuito Ceará Adventure de Bike bate recorde de atletas inscritos mais uma vez.

Neste domingo, o município de Aquiraz recebeu a primeira etapa do Circuito Ceará Adventure de Bike 2013. As Trilhas do Aquiraz mais uma vez provaram que atraem muitos ciclistas. Com número recorde de inscritos, 300 ciclistas largaram na Praça das Flores em busca de uma boa colocação no maior campeonato de Mountain Bike do Ceará.



“Os ciclistas se dividem em duplas e recebem a planilha com as instruções para a trilha minutos antes da largada” explica Marcelo Facó, um dos organizadores da prova. São duas categorias Turismo, com quilometragem menor para a entrada de novos ciclistas, e Graduado para atletas mais experientes. 



No trajeto os atletas encontraram muita areia e um calor de 31°C que foi amenizado por uma misericórdia brisa. “É uma prova com muita areia e o nosso sol bem quente do Ceará. Além da condição física, a parte da navegação tem sido importante” destacou Eugênio Coutinho, vencedor na categoria Graduado Master com seu parceiro Sandro Levi. Os campeões da última edição do Circuito avisam que os treinos vão ser fortes para manter o bom desempenho nas outras quatro etapas que restam.

A melhora no ciclismo cearense acaba repercutindo no Circuito na opinião de Marcelino Miranda, primeiro colocado na categoria Graduado Masculino. “O nível dos atletas está muito forte. Pelo menos seis duplas, na nossa categoria, tinham chance de ganhar. Nós escolhemos a estratégia de largar forte e conseguimos manter essa diferença até o final”. 



Na categoria Graduado Dupla Mista, a primeira colocada foi a equipe Endurance/Bike Ceará dupla formada por Joana Nóbrega e Felipe Subrança. Já na Turismo Masculina, a dupla melhor colocada foi Força G e, na Turismo Mista, o ponto mais alto do pódio ficou com a dupla Singletrack 1.

A próxima etapa do Circuito Ceará Adventure de Bike tem data marcada. O Desafio das Águas acontece no dia 7 de abril, na cidade de Maranguape. O Circuito tem o apoio da Federação Cearense de Ciclismo.

Resultados Oficiais

TURISMO MASCULINO
  
1º Força G – 01h07min50seg
2º As barnquelas/João Ciclo – 01h07min51seg
3º João Ciclo – 01h00min55seg

TURISMO MISTA

1º Single Track – 01h27min55seg
2º Perdidos na Savana – 01h27min56seg
3º Endurance/J&A – 01h29min10seg


 GRADUADO MASCULINO

1º MM Team/Bike Ceará – 02h44min56seg
2º Carcará: Fortal Bike/Pilares Tecnologia/Vila Sports – 02h51min42seg
3º Bruttus – 02h59min30seg


GRADUADO MISTA

1º Endurance/Bike Ceará – 03h19min51seg
2º A Bela e a Fera – 03h27min33seg
3º MM Team/Bike Ceará – 03h30min44seg


GRADUADO MASTER

1º Elemento X e Macaco Louco – 02h54min77seg
2º Os Pombões – 03h15min06seg
3º Los Carecas – 03h16min15seg

SERVIÇO
Próxima Etapa – Desafio das Águas
Dia: 7 de abril
Horário: 8h
Local: Praça da Igreja Matriz - Maranguape

Assessoria de imprensa: Agência Maestros – Marina Ratis (85) 9720.6145 e Vinicius Augusto (85) 8787.4984

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Amigos, 
Eu participei desta etapa e gostei muito.
Segue abaixo o link da classificação desta etapa:

CLASSIFICAÇÃO TRILHA DE AQUIRAZ 2013.

 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Conheça os padrões de Movimento Central.

O movimento central é simplesmente o eixo no qual os braços do pedivela são presos. Um eixo de aço apoiado sobre rolamentos. Apesar de não parecer um componente muito crítico, é uma peça que precisa suportar muito desgaste, pois além dela ser responsável pelo giro do pedal, ela também recebe os impactos do terreno, tendo ainda muito do peso do ciclista apoiado sobre ela. Isto se torna crítico nas modalidades mais radicas como o downhill, o freeride e o trial, onde o impacto é sempre muito grande e os pilotos ficam boa parte do tempo em pé, com bastante peso sobre o eixo.

Com a evolução dessas modalidades mais extremas, este componente começou a se transformar em um problema. Bikes extremamente fortes, pistas cada vez mais exigentes e pilotos mais ousados surgiram, e cada vez mais eixo iam quebrando. Além do problema de ter que repor a peças e acabar perdendo uma competição, esses eixos quando quebram muitas vezes acabaram por ferir os ciclistas. A partir da necessidade de um eixo mais forte, outros padrões foram surgindo. Confira parte de sua evolução:

Eixo Quadrado (square)



É o design mais popular que durou por anos! É um eixo de aço (as vezes de titânio) quadrado, que encaixa diretamente no pedivela, sendo este preso por um parafuso que entra de frente para o eixo. Cada lado é preso com o parafuso e de forma independente do outro. Esse tipo de encaixe é usado por todas as marcas no mountain biking, porém existem tamanhos de eixo diferentes, o que acabou por gerar alguma confusão. Apesar de qualquer pedivela encaixar com qualquer eixo, usar uma medida errada do eixo pode gerar problemas no chainline (direção em que a corrente precisa ficar alinhada entre os peões e as coroas). Algumas medidas servem para mountain biking, outras para speed, e ainda assim podiam depender do quadro e do pedivela.

Essa incompatibilidade de tamanhos é facilmente resolvida trocando a peça, mas o ponto fraco desse sistema é que ele é fraco para os rigores do mountain biking atual (eixo de 17mm). Não foram raros os casos de quebra do eixo, transformando-o em um pedaço de metal cortante e ferindo seriamente alguns ciclistas. Além disso, com o tempo, se não fosse mantido um bom aperto entre o pedivela e o eixo, o pedivela acabava tendo um desgaste que poderia torná-lo inutilizável (o encaixe quadrado ia ficando redondo e girava em falso).



 Octalink (Padrão Shimano)



Este é um sistema que foi criado exclusivamente pela Shimano para resolver os problemas causados pelo design quadrado. Este eixo tem tamanho padrão e é circular com "ranhuras" onde o braço do pedivela se encaixa. Pelo próprio design circular, é mais forte, e de qualquer forma o diâmetro do eixo também é maior, com 22mm. O Octalink acabou sendo criado na versao 1 e 2 (Octalink v1 e v2), criando assim alguma confusão. O sistema é protegido por patentes da Shimano e para fugir disso, foi criado o sistema ISIS. Porém, alguns outros fabricantes produzem pedivela e centrais no modelo Octalink. O sistema apesar de mais inteligente, tem um defeito: o eixo tem um diâmetro maior para maior resistência, conseguentemente os rolamentos precisam ser menores, e por isso possuem uma menor durabilidade. Porém, seu design ameniza o problema de resistência e acaba com o problema de compatibilidade de tamanhos. Com ele não é mais preciso se preocupar em comprar um eixo do tamanho certo, pois todos são iguais.




ISIS




International Splined Interface System - É um sistema de patente aberta, semelhante ao octalink, com um eixo circular e também padrão. Foi criado pelo King Cycle Group, Truvativ e Race Face como uma resposta ao Octalink da Shimano. Eles criaram esse sistema para fugir da patente da Shimano, permitindo que todos os fabricantes pudessem ter diferentes marcas disponíveis. Porém, o ISIS não é compatível com o octalink. Ou seja, apenas braços ISIS encaixam em eixos ISIS. O sistema tem o mesmo diametro do octalink (22mm) e foi amplamente aceito, mas tem também o mesmo defeito do anterior (os rolamentos menores duram pouco).

Nesse sistema, existem tamanhos de eixos diferentes, mas apenas 3 tamanhos e com diferenças bem definidas: 108mm para pedivela duplo de speed, 113mm para mountain bike e 118mm para pedivela triplo de speed. Sendo assim, fica difícil causar confusão.


Rolamentos Externos (Hollowtech 2, X-Type, MegaExo)

 


Para resolver o problema dos dois designs anteriores, foi "desenterrado" o sistema de rolamentos externos. Esse sistema é semelhante ao sistema de caixa de direção aheadset. Ou seja, os rolamentos ficam presos por fora do quadro. Já tinha sido usado há muito tempo atrás por marcas sem muita expressão e por motivos diferentes. Esse sistema parece a solução para resolver os problemas de resistencia e durabilidade. No pequeno espaço que o quadro possui para o movimento central, o design dessas peças precisava ter eixos mais finos e rolamentos mais robustos ou eixos mais robustos e rolamentos menores, causando os problemas citados anteriormete. Agora é possível colocar os rolamentos por fora e ter um eixo ainda maior.




Além disso, esse sistema permite o intercambio de componentes. É possível usar um pedivela Shimano em um central RaceFace (pelo menos até a presente data!). Na verdade, o movimento central é apenas uma peça oca de plástico, o eixo mesmo fica apoiado nos rolamentos. O eixo de metal é integrado no braço direito do pedivela e este eixo possui os encaixes (ranhuras) onde o outro braço entra. Diferente dos outros modelos, o braço do pedivela é preso com parafusos laterais e não um parafuso de frente para o eixo (este não é quem prende o braço). Esse sistema resolve os problemas dos modelos anteriores é é mais leve. Provavelmente será o modelo adotado daqui pra frente, devido as suas excelentes caractísticas. A outra solução restante seria aumentar o diametro padrão do eixo central dos quadros, mas isso é muito mais difícil e improvável que aconteça! Mais uma vantagem desse sistema é que é possível usar rolamentos de tamanho padrão, ficando mais barato para os fabricantes.

Esta tecnologia, veio e tem o mesmo princípio do pedivela de BMX chamado de três peças, onde o eixo tem ranhuras e é abraçado pelos braços externamente. A diferença é que os rolamentos ficam dentro da caixa do movimento central do quadro (que tem o diamêtro maior e não sofre com os problemas de resistencia e durabilidade).


ISIS Howitzer (Padrão Truvativ)









Assim como a Shimano criou o padrão Octalink, a Truvativ também criou uma evolução do sistema ISIS, especialmente para sua linha de pedivelas Howitzer. A diferença nesse padrão é que o eixo é mais grosso e tem encaixe diferente dos ISIS tradicionais. O movimento central também é diferente, sendo externo ao quadro para serem usados rolamentos maiores.

A diferença desse sistema para o sistema de rolamentos externos apresentado anteriormente é que o eixo do pedivela não é integrado, ou seja, continua no movimento central o que aumenta o peso.


Postado no site Pedal.com

terça-feira, 29 de janeiro de 2013